sexta-feira, abril 03, 2009



A pulsão




A pulsão, conforme Freud, não obedece a nenhuma causalidade ou finalidade predeterminadas numa suposta ordem natural.
A temporalidade das pulsões é completamente indiferente a toda a noção de encadeamento causal, ou seja, a pulsão não participa de nenhuma sequencia de causalidade.
Por não ter nem origem nem meta estritamente definidas, é uma força errante alheia a toda a necessidade biológica ou social.
Por ser uma força errante, nem constitui nem submete-se a um esqueleto inteligível do devir.
Se a pulsão tem uma dimensão histórica, seu devir é devir de devir.
A noção freudiana de pulsão desconstrói toda a idéia que pretenda enxergar a presença de uma razão imanente ao aparelho psíquico, pois sua atuação leva à contradição e a correlações provisórias nas instâncias do aparelho psíquico onde comparece e se motamorfoseia.

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