O
lugar do professor
Ontem alunos, hoje professores. Essa discussão em sala de
aula nos leva a questionar até que ponto estamos repassando o saber, o
conhecimento. Afinal, o que o aluno quer ouvir, o que ele precisa saber? E nós,
professores, o que estamos passando? Estamos nos adaptando a tantas mudanças
relacionadas à educação?
Tem
sido bem complicado saber ou até mesmo definir o lugar do professor. Fazer uma
análise desse processo é fundamental. Fala-se tanto em educação, é tanta
responsabilidade nas mãos dos educadores e pouco valor tem-se dado a eles. Afinal, o que faz com que todo o ano movido a
greves, a manifestos, a classe educadora acabe nas ruas reivindicando por seus
direitos? Alunos sem aula e professores na rua: o que está errado? Por que todo
o ano, há anos, é sempre a mesma coisa? Conquista que é bom, (quase) nada. O professor é obrigado a carregar um fardo e
tanto nas costas. A começar pelo
tratamento que precisa ser dispensado aos alunos onde pais, acabam responsabilizando
o professor pelo comportamento anormal dos filhos. Hoje a educação não começa
em casa, e, sim, em sala de aula. E que
papel precisa ser desempenhado em sala de aula? Além de mestre, o professor
precisa ser também pai, mãe, psicólogo, assistente social... Houve xingões do
aluno, dos responsáveis. Sofre agressões, apanha...Entra geração, sai geração,
e os problemas são os mesmos. Um quadro
desestimulador e que nos faz pensar duas vezes antes de querer seguir uma
carreira pedagógica.
“Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um
futuro próspero. Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a
um ensino de qualidade em todos os níveis – da creche à pós-graduação; para
todos os segmentos da população – dos mais marginalizados, os negros, as
mulheres e todos os brasileiros”, disse Dilma, ao explicar o lema do seu
segundo mandato:
“Brasil, pátria educadora”.
Sim, já é mais do que sabido de que a educação forma o
cidadão com compromissos éticos, mas pelo visto ainda estamos longe de afirmar
que o Brasil é um país educador. Falta tudo: falta infraestrutura, falta
qualificação, falta comprometimento, falta definirmos o verdadeiro papel que o
professor precisa assumir como educador, como o responsável em passar
conhecimento, em saber como passar o saber, como transmitir o belo. O discurso
é feito de palavras bonitas, mas de poucas ou quase nada de ação, senão
vejamos:
Plano Nacional de Educação completa um ano com atrasos na
execução
A lei que define
metas para o país alcançar em dez anos uma educação pública, laica e de
qualidade completa um ano com atrasos na execução.
Em entrevista para a Rádio Brasil Atual, no mês de junho, a
coordenadora de projetos do Plano Nacional da Educação (PNE), Maria Reder, diz
que falta muito para que o PNE alcance eficácia. “O projeto ainda não saiu do
papel na prática. Nenhum plano foi satisfatoriamente cumprido”, diz.
O PNE acaba
de completar um ano (24.06). O projeto de lei, que foi sancionado sem vetos
pela presidenta Dilma Rousseff, visa a traçar metas para o país cumprir em dez
anos. Entre os principais objetivos estão às garantias de educação pública,
laica e com qualidade para todos.
Participação
da sociedade
“A grande materialização do PNE, na verdade,
são os planos municipais e estaduais de educação. É justamente nestes
instrumentos que as regiões conseguem alcançar o esperado acordo com realidades
e diagnósticos locais. A sociedade civil deve se unir para pressionar”, conclui
a coordenadora.
Dez Diretrizes
No artigo 2º
do decreto sancionado pela presidenta Dilma, o plano traça dez diretrizes para
a educação no país:
–
erradicação do analfabetismo;
– universalização do atendimento escolar;
– superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
– melhoria da qualidade da educação;
– formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
– promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
– promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país;
– estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
– valorização dos (as) profissionais da educação;
– promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
– universalização do atendimento escolar;
– superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
– melhoria da qualidade da educação;
– formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
– promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
– promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país;
– estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
– valorização dos (as) profissionais da educação;
– promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
É, fazer valer a lei do Plano Nacional de Educação, já é um bom começo.
Uma atitude que faria com que o Brasil se destacasse numa área ainda muito
atrasada devido a pouca importância que é dada a ela.
Educação é a palavra-chave de um país mais justo e igualitário.
P.S.Preciso acrescentar este pequeno relato de uma amiga.
Conta ela que ao passar por uma padaria no caminho de casa, perguntou à
atendente: “Tem sonho?”
De imediato a garota do outro lado
do balcão respondeu: “sim, o de
ser professora...”
Jornalista, produtora, redatora
Professora no curso de Comunicação Social da Unifacvest
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