sábado, abril 29, 2023

JACQUES LACAN - SEMINÁRIO 1976-1977

 

O In-sabido que sabe d-um tropeço se joga no amorte


Seminário de 1976-1977

Jacques Lacan

 

 

 Aula 11

10 de Maio de 1977



Eu quebro a cabeça, o que já é chato, porque a quebro seriamente, mas o mais chato é que não sei por que estou quebrando a cabeça. Há alguém que - um homem chamado Gödel - que vive na América e que enunciou de forma substantiva o indecidível. O que é sólido nesse enunciado é que ele demonstra que há algo indecidível.

E ele demonstra isso em que terreno? Em algo que eu qualificaria, assim, o mais mental de todos os mentais...quero dizer de tudo o que é mais mental, o mental por excelência, a ponta do mental … a saber, o que se conta: o que se conta é a aritmética. Quero dizer que é a aritmética que desenvolve o contábil. A questão é saber se existem Uns que não são enumeráveis, pelo menos é o que o Cantor tem promovido. Mas isso permanece duvidoso mesmo assim, dado que só conhecemos o finito, e que o finito é sempre enumerável.

O quer dizer a fraqueza do mental? É simplesmente a fraqueza do que chamo de Imaginário. O inconsciente foi identificado por Freud - não se sabe por que - o inconsciente foi identificado por Freud com o mental. Isso é pelo menos o que resulta do fato de que o mental é tecido de palavras, entre as quais... esta é expressamente - me parece - a definição dada por Freud …entre as quais sempre há os equívocos possíveis. Daí o meu enunciado de que de Real não existe senão o impossível.

É bem aí que cambaleio: o Real é impossível de se pensar?

Se ele não cessa de não... mas há uma nuance aqui: não estou enunciando que ele não cessa de não se dizer, mesmo que seja porque o Real, eu o nomeio como tal, mas eu digo: … que ele não cessa de não se escrever.

Tudo o que é mental, no final das contas, é o que escrevo sob o nome de sinthoma (s.i.n.t.h.o.m.a.), quer dizer, signo. O que quer dizer ser um signo? É sobre isso que estou quebrando a cabeça. Podemos dizer que a negação seja um signo? Outra vez tentei colocar o que é isso em "A Instância da Letra". Isso diz tudo o que se pode dizer, ou sejam que o signo da negação, que se escreve assim: ┐ não precisa ser escrito?

O que é negar? O que podemos negar? Isso nos coloca no banho da Verneinung da qual Freud promoveu o essencial. O que ele enuncia é que a negação supõe uma Bejahung: que é a partir de algo que se enuncia como positivo que se escreve a negação.

Em outros termos, o signo deve ser procurado – e bem isso o que eu coloquei nessa instância da letra – deve ser procurado como congruência do signo ao Real.

O que é um signo que não se poderia se escrever? Porque este signo, nós o escrevemos realmente. Já valorizei, assim, há um tempo, a pertinência do que na lalíngua – francêsa – toca como advérbio. Podemos dizer que o Real mente?

Na análise, podemos seguramente dizer que o Verdadeiro mente. A análise é um longo caminho e quem aí caminha, mente, o próprio caminho mente – encontramos isso em toda parte -  é algo que na ocasião pode nos sinalizar que – como num fio comprido do telefone – enrolamos nossos pés. E então, que tais coisas possam ser apresentadas levanta a questão do que é o sentido.

Não existiria o sentido a não ser mentiroso, já que a noção de Real, podemos dizer, que ela que exclui -  deve ser escrito no subjuntivo – que ela exclui o sentido?

Isso indica que também ela exclui a mentira? É bem o que tem a ver quando apostamos, em suma, no fato de que o Real exclui... no subjuntivo, mas o subjuntivo é a indicação do modal …o que é que se modula neste modal que excluiria a mentira?

Na verdade, não há – nós sentimos bem isso – em tudo senão paradoxos. Os paradoxos são representáveis? Δόξα (doxa) é opinião, a primeira coisa que introduzi numa conferência, nos tempos do que se chama, ou o que poderia ser chamado, de meus começos, ao falar do Menon onde se enuncia que a Δόξα é a opinião verdadeira.

Não há a mínima opinião verdadeira, pois há paradoxos. Esta é a questão que levanto: sejam ou não os paradoxos representáveis, quero dizer, desenháveis. O princípio do dizer verdadeiro é a negação. 

E minha prática - já que há prática, prática sobre a qual me interrogo - é que eu deslizo, tenho que deslizar - porque é assim que que me fodo - tenho que deslizar entre a transferência, que se chama, não sei porquê, negativa - mas é um fato que a chamamos assim, chamamos de negativa porque sentimos bem que existe qualquer coisa... não se sabe sempre o que é transferência positiva, a transferência positiva, foi isso que tentei definir sob o nome do sujeito suposto saber.

Quem é suposto saber? É o analista. É uma atribuição, como a palavra suposto já indica. Uma atribuição não é mais que uma palavra: há um sujeito, alguma coisa que está por baixo, que é suposto saber. Saber é, portanto, seu atributo. Há apenas uma coisa problemática aí, é impossível dar o atributo de saber a alguém.

Aquele que sabe é - na análise - o analisante, o que ele desdobra, o que ele desenvolve, isso é o que ele sabe, exceto que é um Outro - mas existe um Outro? - que é um Outro que segue o que ele tem a dizer, à saber, o ele que sabe. Essa noção do Outro, eu a marquei em certo grafo com uma barra que o rompe, Ⱥ. Isso quer dizer que a romper é negar? A análise, para falar propriamente, enuncia que o Outro nada mais é que essa duplicidade.

Há Um, mas nada há de Outro. O Um - eu disse - o Um dialoga sozinho, pois recebe sua própria mensagem sob uma forma invertida. É ele quem sabe, e não o suposto saber. Apresentei também este algo que se enuncia do universal, e isto para negá-lo: eu disse que não existe todos.

É bem por isso que as mulheres são mais homem do que os homens. Elas não são não-todas, eu disse. Esses todos ou todas não têm, portanto, nenhum traço comum. No entanto, eles têm este, o único traço comum: o traço que chamei de unário. Eles são confortados pelo Um. Há Um, repeti a pouco para dizer que há o Um e nada de Outro.

Há Um, mas isso quer dizer que ainda há sentimento. Esse sentimento que chamei - segundo as unaridades - que chamei de suporte, o suporte do que tenho que reconhecer: o ódio, na medida em que esse ódio é parente do amor.

O jogo do amor que escrevi - eu ainda tenho que terminar isso - que que escrevi no meu título deste ano: O in-sabido que sabe - o quê? – d-um tropeço. Não há nada mais difícil de apreender do que esse traço d-um tropeço. Este tropeço é como eu traduzo o Unbewußt, ou seja, o Inconsciente. Em alemão, isso quer dizer inconsciente, mas traduzido por um-tropeço, isso quer dizer algo bem diferente, quer dizer um cambaleio, um tropicar, um deslize de palavra a palavra, e é disso que se trata quando nos enganamos de chave para abrir uma porta que precisamente essa chave não abre.

Freud se precipita para dizer que pensamos que ela abriria essa porta, mas nos enganamos. Tropeço é bem o único sentido que nos resta para essa consciência. A consciência não tem outro suporte senão permitir um tropeço. É bem inquietante porque essa consciência é muito parecida com o inconsciente, porque é ele que se diz responsável, responsável por todos esses tropeços que nos fazem sonhar. Sonhar em nome de quê? Do que chamei de objeto(a), à saber, isso de que se divide o sujeito, que em essência é barrado, à saber, ainda mais barrado que o Outro.

Aí está sobre o quê quebro a cabeça. Eu quebro a cabeça e penso que no final das contas a psicanálise, é isso o que faz verdade. Mas fazer verdade, como devemos ouvir isso? É um lance de sentido, é um sentido que é semblante.

Há aí toda uma distância do que designei do S índice 2, do que ele produz. Não há dúvida de que o analisante produz o analista. E é por isso que me interrogo sobre qual é o estatuto do analista, para quem deixo esse lugar de fazer verdade, de semblante:

 


E que considero que está alhures, ali onde - vocês viram da outra vez - nada há de mais fácil do que deslizar no tropeço, quero dizer, em um efeito do inconsciente, porque foi bem de um efeito do meu inconsciente, que fez com que vocês tivessem a bondade de considerar isso como um lapso, e não como eu mesmo queria qualificar, à saber – na outra vez - como um erro grosseiro.

O que é que esse sujeito - sujeito dividido - tem por efeito, se o S1, S índice 1, o significante índice 1, se encontra em nosso tetraedro, pois o que marquei é que, nesse tetraedro, há sempre uma de suas ligações que está rompida: à saber, que o S índice 1 não representa o sujeito ao lado do S índice 2, à saber, do Outro. O S índice 1 e o S índice 2, é muito precisamente o que designo pelo A dividido do qual eu mesmo faço um significante, S(Ⱥ). 

É bem assim que o famoso inconsciente se apresenta. Esse inconsciente, ele é, no final das contas, impossível de saber. 

Ele não representa…

Falei a pouco dos paradoxos como sendo representáveis, à saber, desenháveis ...não há desenho possível do inconsciente. O inconsciente se limita a uma atribuição, a uma substância, a algo que é suposto estar sob. E o que a psicanálise enuncia é muito precisamente isto: que não é mais que uma - eu digo dedução - dedução suposta, nada mais. O que eu tentei dar corpo com a criação do Simbólico tem bem precisamente este destino: de isso não chegar ao seu destinatário.

Como se faz, no entanto, que isso se enuncie? Aí está a interrogação central da psicanálise.

Fico por aqui hoje. Espero poder em oito dias, pois haverá um 17 de maio -  sabe Deus por quê - enfim, me enunciaram que haveria um 17 de maio, e que aqui não terei muitos examinados, senão vocês, que examinarei eu mesmo e pode ser que eu lhes interrogue na esperança de que alguma coisa passe, passe do que eu digo.

Adeus!

 

 

TEXTO EM FRANCÊS


L’insu que sait de l’une-bévue s’aile à mourre

Séminaire de 1976-1977

Jacques Lacan

 

Leçon 11

10 Mai 1977


Je me casse la tête, ce qui est déjà embêtant, parce que je me la casse sérieusement, mais le plus embêtant c’est que je ne sais pas sur quoi je me casse la tête. Il y a quelqu’un qui - un nommé Gödel - qui vit en Amérique et qui a énoncé le nom de indécidable. Ce qu’il y a de solide dans cet énoncé, c’est qu’il démontre qu’il y a de l’indécidable. 

Et il le démontre sur quel terrain ? Sur quelque chose que je qualifierai, comme ça, du plus mental de tous les mentaux…je veux dire de tout ce qu’il y a de plus men­tal, le mental par excellence, la pointe du mental …à savoir ce qui se comp­te : ce qui se compte c’est l’arithmétique. Je veux dire que c’est l’arith­métique qui développe le comptable. La question est de savoir s’il y a des Un qui sont indénombrables, c’est tout au moins ce qu’a promu Cantor. Mais ça reste quand même douteux, étant donné que nous ne connais­sons rien que de fini, et que le fini c’est toujours dénombré.

Est-ce que c’est dire la faiblesse du mental? C’est simplement la faiblesse de ce que j’appelle l’Imaginaire. L’inconscient a été identifié par Freud - on ne sait pourquoi - l’inconscient a été identifié par Freud au mental. C’est tout au moins ce qui résulte du fait que le mental est tissé de mots, entre quoi… c’est expressément - me semble-t-il - la définition qu’en donne Freud …entre quoi il y a des bévues toujours possibles. D’où mon énoncé, que de Réel il n’y a que l’impossible. 

C’est bien là que j’achoppe : le Réel est-il impos­sible à penser ? 

S’il ne cesse pas… mais il y a là une nuance : je n’énonce pas qu’il ne cesse pas de ne pas se dire, ne serait-ce que parce que le Réel je le nomme comme tel, mais je dis : …qu’il ne cesse pas de ne pas s’écrire.

Tout ce qui est mental, en fin de compte, est ce que j’écris du nom de sinthome (s.i.n.t.h.o.m.e.) c’est-à-dire signe. Qu’est-ce que veut dire être signe? C’est là-dessus que je me casse la tête. Est-ce qu’on peut dire que la négation soit un signe? J’ai autrefois essayé de poser ce qu’il en est de L’instance de la lettre. Est-ce que c’est tout dire que de dire que le signe de la négation, qui s’écrit comme ça : ┐n’a pas à être écrit? 

Qu’est-ce que nier? Qu’est-ce qu’on peut nier?  Ceci nous met dans le bain de la Verneinung dont Freud a promu l’essentiel. Ce qu’il énonce, c’est que la négation suppose une Bejahung: c’est à partir de quelque chose qui s’énonce comme positif qu’on écrit la néga­tion. 

En d’autres termes, le signe est à rechercher - et c’est bien ce que, dans cette instance de la lettre, j’ai posé - est à rechercher comme congruence du signe au Réel.

Qu’est-ce qu’un signe qu’on ne pourrait écrire ? Car ce signe, on l’écrit réellement. J’ai mis en valeur comme ça, un temps, la pertinence de ce que lalangue – française - touche comme adverbe.  Est-ce qu’on peut dire que le Réel ment? 

Dans l’analyse, on peut sûrement dire que le Vrai mente. L’analyse est un long cheminement - on le retrouve partout - que le chemine-ne-mente, c’est quelque chose qui ne peut à l’occasion que de nous signaler que - comme dans le fil du téléphone - nous nous prenons les pieds. Et alors, qu’on puisse avancer des choses pareilles pose la question de ce que c’est que le sens. 

N’y aurait-il de sens que menteur, puisque la notion de Réel, on peut en dire qu’elle exclue - qu’il faut écrire au sub­jonctif - qu’elle exclue le sens? 

Est-ce que ça indique qu’elle exclue aussi le mensonge? C’est bien ce à quoi nous avons affaire quand nous parions en somme sur le fait que le Réel exclue… au subjonctif, mais le subjonctif est l’indication du modal …qu’est-ce qui se module dans ce modal qui exclurait le mensonge? 

À la vérité, il n’y a - nous le sentons bien - dans tout cela que paradoxes. Les paradoxes sont-ils représentables? Δόξα [ doxa ] c’est l’opinion, la première chose sur quoi j’ai introduit une conférence, au temps de ce qu’on appelle ou de ce qu’on pourrait appeler mes débuts, c’est sur le Menon où on énonce que la Δόξαc’est l’opinion vraie. 

Il n’y a pas la moindre opinion vraie, puisqu’il y a des paradoxes. C’est la question que je soulève : que les paradoxes soient ou non représentables, je veux dire dessinables. Le principe du dire vrai, c’est la négation. 

Et ma pratique - puisque pratique il y a, pratique sur quoi je m’interroge - c’est que je me glisse, j’ai à me glisser - parce que c’est comme ça que c’est foutu - j’ai à me glisser entre le transfert, qu’on appelle, je ne sais pourquoi, négatif - mais c’est un fait qu’on l’appelle comme ça, on l’appelle négatif parce qu’on sent bien qu’il y a quelque chose… On ne sait toujours pas ce que c’est que le transfert positif, le transfert positif, c’est ce que j’ai essayé de définir sous le nom du sujet supposé savoir. 

Qu’est-ce qui est supposé savoir? C’est l’analyste. C’est une attribution, comme déjà l’indique le mot de supposé. Une attribution, ce n’est qu’un mot : il y a un sujet, quelque chose qui est dessous, qui est supposé savoir. Savoir est donc son attri­but. Il n’y a qu’une seule chose, c’est qu’il est impossible de donner l’at­tribut du savoir à quiconque.

Celui qui sait c’est - dans l’analyse - l’analysant, ce qu’il déroule, ce qu’il développe, c’est ce qu’il sait, à ceci près que c’est un Autre - mais y a-t-il un Autre ? - que c’est un Autre qui suit ce qu’il a à dire, à savoir ce qu’il sait. Cette notion d’Autre, je l’ai marquée dans un certain graphe d’une barre qui le rompt, ȺEst-ce que ça veut dire que rompu ça soit nié ? L’analyse, à proprement parler, énonce que l’Autre ne soit rien que cette duplicité.

Y’a de l’Un, mais il n’y a rien d’Autre. L’ Un - je l’ai dit - l’ Un dialogue tout seul, puisqu’il reçoit son propre message sous une forme inversée. C’est lui qui sait, et non pas le supposé savoir. J’ai avancé aussi ce quelque chose qui s’énonce de l’universel, et ceci pour le nier :  j’ai dit qu’il n’y a pas de tous. 

C’est bien en quoi les femmes sont plus homme que l’homme. Elles ne sont pas-toutes, ai-je dit. Ces  tous donc, n’ont aucun trait commun.  Ils ont pourtant celui-ci, le seul trait commun : le trait que j’ai dit unaire. Ils se confortent de l’Un. Y’a de l’Un, je l’ai répété tout à l’heure pour dire qu’il y a de l’Un et rien d’Autre. 

Y’a de l’Un mais ça veut dire qu’il y a quand même du sentiment. Ce sentiment que j’ai appelé - selon les unarités - que j’ai appelé le support, le support de ce qu’il faut bien que je reconnaisse : la haine, en tant que cette haine est parente de l’amour. 

La mourre que j’écris dans - il faut tout de même bien que je finisse là-dessus - que j’écris dans mon titre de cette année : L’insu que sait - quoi ? - de l’une-­bévue. Il n’y a rien de plus difficile à saisir que ce trait de l’une-­bévue. Cette bévue, c’est ce dont je traduis l’Unbewußt, c’est-à-dire l’Inconscient. En allemand, ça veut dire inconscient, mais traduit par l’une-­bévue, ça veut dire tout autre chose, ça veut dire un achoppement, un trébuchement, un glissement de mot à mot, et c’est bien de ça qu’il s’agit quand nous nous trompons de clé pour ouvrir une porte que précisément cette clé n’ouvre pas. 

Freud se précipite pour dire qu’on a pensé qu’elle ouvrait cette porte, mais qu’on s’est trompé. Bévue est bien le seul sens qui nous reste pour cette conscience. La conscience n’a pas d’autre support que de permettre une bévue. C’est bien inquiétant parce que cette conscience ressemble fort à l’inconscient, puisque c’est lui qu’on dit responsable, responsable de toutes ces bévues qui nous font rêver. Rêver au nom de quoi ? De ce que j’ai appelé l’objet(a), à savoir ce dont se divise le sujet, qui d’essence est barré, à savoir plus barré encore que l’Autre.

Voilà sur quoi je me casse la tête. Je me casse la tête et je pense qu’en fin de compte la psychanalyse, c’est ce qui fait vrai. Mais faire vrai, comment faut-il l’entendre? C’est un coup de sens, c’est un sens blanc. 

Il y a toute la distance que j’ai désignée du S indice 2, à ce qu’il pro­duit. Que bien entendu l’analysant produise l’analyste, c’est ce qui ne fait aucun doute. Et c’est pour ça que je m’interroge sur ce qu’il en est de ce statut de l’analyste à quoi je laisse sa place de faire vrai, de sem­blant:

 


Et dont je considère, que c’est ailleurs, là où - vous l’avez vu autre­fois - il n’y a rien de plus facile que de glisser dans la bévue, je veux dire dans un effet de l’inconscient, puisque c’était bien un effet de mon inconscient, qui fait que vous avez eu la bonté de considérer ceci comme un lapsus, et non pas comme ce que j’ai voulu qualifier moi-même, à savoir - la fois suivante - comme une erreur grossière.

Qu’est-ce que ce sujet - sujet divisé - a pour effet si le S1, S indice 1, le signifiant indice 1, se trouve dans notre tétraèdre, puisque ce que j’ai marqué, c’est que, de ce tétraèdre, il y a toujours une de ses liaisons qui est rompue:  c’est à savoir que le S indice 1 ne représente pas le sujet auprès du S indice 2, à savoir de l’Autre. Le S indice 1 et le S indice 2 , c’est très précisément ce que je désigne par le A divisé dont je fais lui-même un signifiant, S(Ⱥ).

C’est bien ainsi que se présente le fameux inconscient. Cet inconscient, il est en fin de compte impossible de le saisir. 

Il ne repré­sente… 

J’ai parlé tout à l’heure des paradoxes comme étant représen­tables, à savoir dessinables …il n’y a pas de dessin possible de l’inconscient. L’inconscient se limite à une attribution, à une substance, à quelque chose qui est supposé être « sous ». Et ce qu’énonce la psychana­lyse, c’est très précisément ceci : que ce n’est qu’une - je dis déduction - déduction supposée, rien de plus. Ce dont j’ai essayé de lui donner corps avec la création du Symbolique a très précisément ce destin : que ça ne parvient pas à son destinataire.

Comment se fait-il pourtant que ça s’énonce? Voilà l’interrogation centrale de la psychanalyse. 

Je m’en tiens là pour aujourd’hui. J’espère pouvoir dans huit jours, puisqu’il y aura un 17 mai - Dieu sait pourquoi – enfin on m’a annoncé qu’il y aurait un 17 mai, et qu’ici je n’aurai pas trop d’examinés, si ce n’est vous, que j’examinerai moi-même et que peut-être j’interrogerai dans l’espoir que quelque chose passe, passe de ce que je dis. 

Au revoir!

 

 

 

A aula 11 desse seminário pode ser ouvida, em francês, à partir do seguinte link:

http://www.valas.fr/IMG/mp3/11_insu10-05-77.mp3

 

 




sexta-feira, abril 21, 2023

JACQUES LACAN - SEMINÁRIO 1976-1977

 

O In-sabido que sabe d-um tropeço se joga no amorte 

Seminário de 1976-1977

Jacques Lacan



Aula 10

19 de Abril de 1977

 

Estou com um pequeno incômodo hoje, uma dor nas costas, de modo que isso não me ajuda a ficar de pé. E quando me sento, também sinto dor. Isso certamente não é uma razão, porque não sabemos o que é intencional, para que se elucubre sobre o que é suposto ser.

O eu, já que chamamos isso assim... o chamamos assim na segunda tópica de Freud ... o eu é suposto ter intenções, isso porque atribuímos a ele o que ele tagarela, o que chamamos de seu dizer. Ele diz - com efeito - ele diz, e ele diz imperativamente. Pelo menos é assim que começa a se exprimir.

O imperativo é o que apoiei, digamos no significante índice 2: S2. Esse significante índice 2 cujo sujeito eu defini, eu disse que um significante era o que representava o sujeito para um outro significante. No caso do imperativo, é aquele que escuta quem, assim vem em $, advém sujeito. Não que aquele que profere não advenha, ele também, incidentalmente como sujeito. Sim…

Eu gostaria de chamar a atenção para uma coisa: na psicanálise só existe eu gostaria. Sou evidentemente um psicanalista que tem um pouco mais de experiência, mas é verdade que o psicanalista, no ponto em que cheguei, depende da leitura que ele faz de seu analisante, do que seu analisante lhe diz em seus próprios termos...

Vocês ouvem, porque depois de tudo não tenho certeza se esse microfone funciona? Isso funciona lá... no... Hein? Sim ? Bom !

...o que seu analisante crê que está lhe dizendo, isso significa que tudo o que o analista escuta não pode ser tomado, como nos exprimimos, ao pé da letra.

Aqui eu preciso abrir um parêntese, eu disse a tendência que essa letra...cujo pé indica um agarrar-se ao chão, que é uma metáfora, uma metáfora rasteira, que combina bem com o pé ...a tendência que esta letra tem de rejuntar o Real, é seu negócio. O Real, na minha notação, é o que é impossível de rejuntar.

O que seu analisante, para o analista em questão, crê lhe dizer, não tem nada a ver - e isso Freud percebeu - não tem nada a ver com a verdade.

No entanto, deve-se lembrar que crer já é alguma coisa que existe: ele diz o que crê ser verdade. O que o analista sabe é que ele só fala de forma lateral ao verdadeiro, porque ignora o Verdadeiro. Freud - aí - delira o suficiente, porque imagina que o Verdadeiro é o que ele chama - ele - de núcleo traumático.

É assim que ele se exprime formalmente, a saber, que, à medida que o sujeito enuncia algo mais próximo de seu núcleo traumático - esse assim chamado núcleo, e que não tem existência, ele só existe no papel, que o analisante é exatamente como seu analista, quer dizer... como apontei ao invocar meu neto ...a aprendizagem que teve de uma língua entre outras, que para ele é lalíngua... que escrevo - sabemos - em uma só palavra …na esperança de ferrar - ela - a língua, que se equivoca com o fazer-real.

Lalíngua que seja lá o que for é uma obscenidade. O que Freud designa - perdoe-me a equivocidade aqui - a sombra-cena, é também o que ele chama a outra cena, aquela que a linguagem ocupa com o que se chama sua estrutura, estrutura elementar que se resume àquela parentesco.

Ressalto que há sociólogos que afirmaram sob o patrocínio de um homem chamado Robert Needham...quem não é o Needham que se ocupou tão cuidadosamente com a ciência chinesa, que é um outro Needham: o Needham da ciência chinesa não se chama Robert[1] ... ele, o Needham em questão, imagina fazer melhor do que os outros ao fazer a marcação - além disso justa - que o parentesco deve ser posto em questão, isto é, que ele comporta realmente outra coisa, uma variedade maior, uma diversidade maior do que... tem que ser dito, é a isso que ele se refere ...do que dizem os analisantes.

Mas o que chama a atenção é que os analisantes - eles - falam apenas disso, de modo que a observação, incontestavelmente, de que o parentesco tem valores diferentes em diferentes culturas, não impede que os analisantes remoam sua relação com os parentes - além disso, deve-se dizer, próximos - é um fato que o analista tem que suportar.

Não existe nenhum exemplo de que um analisante note a especificidade, a particularidade que diferencia - de outros analisantes - seu relacionamento com seus parentes mais ou menos imediatos. O fato de que ele só fala disso é de certa forma algo que fecha todas as nuances de sua relação específica, de modo que O parentesco em Questão - é um livro publicado pela Seuil - que O Parentesco em Questão destaca o valor primordial do fato que é da lalíngua que se trata.

Isso não tem as mesmas consequências que dizer que o analisante só fala sobre isso porque seus parentes próximos lhe ensinaram a lalíngua, que ele não diferencia o que especifica sua relação com eles, com seus parentes próximos.

Seria necessário perceber que o que chamarei nesta ocasião de a função da verdade, é de certa forma amortecida por algo prevalente, e seria preciso dizer que a cultura está ali tamponada, amortecida, e que, nesta ocasião, talvez fosse melhor evocar a metáfora - já que cultura também é uma metáfora - a metáfora do agri do mesmo nome. Seria necessário substituir o agri em questão pelos termos caldo de cultura, seria melhor chamar cultura de um caldo de linguagem.

Associar livremente, o que isso quer dizer? Estou me esforçando para levar as coisas um pouco mais longe aqui. O que quer dizer associar livremente? Isso é uma garantia... parece mesmo ser uma garantia ...que o sujeito que enuncia vai dizer coisas que têm um pouco mais de valor? Mas qualquer um sabe, enfim, que a raciocinação... como se chama isso na psicanálise …a raciocinação tem mais peso do que raciocínio.

Qual a relação entre o que se chama enunciado e uma proposição verdadeira? Devemos tentar, como enunciou Freud, ver em que se baseia essa alguma coisa... que não funciona senão na usura …na qual é suposta a Verdade. Seria preciso ver, abrir-se à dimensão da verdade como variável, quer dizer, do que... condensando as duas palavras assim …eu chamaria varidade, engolindo o “e”  de veriedade

Por exemplo, vou dar algo que tem bem seu preço: se um sujeito analisante desliza um neologismo em seu discurso...como acabei de fazer, por exemplo, a propósito da varidade …o que se pode dizer sobre esse neologismo?

Há qualquer coisa que se pode dizer sobre isso, é que o neologismo aparece quando se escreve. Mas não é, justamente, um motivo para acreditar que isso automaticamente seja o Real. Não é porque isso se escreve que isso dá peso ao que evoquei à pouco tempo a propósito do ao pé da letra.

Em suma, é preciso levantar a questão de saber se a psicanálise…peço seu perdão, peço perdão pelo menos aos psicanalistas …não é isso que se pode chamar de autismo a dois?

Ainda há uma coisa que permite forçar esse autismo, é justamente que a lalíngua é um caso comum e que...é justamente por onde eu sou, quer dizer, capaz de me fazer entender por todo mundo aqui ... é isso que é a garantia – é por isso que eu coloco na ordem do dia a Transmissão da Psicanálise -  é bem essa a garantia de que a psicanálise não claudica irredutivelmente no que chamei anteriormente de autismo a dois.

Falamos de astúcia da Razão, é uma ideia filosófica. Foi Hegel quem inventou isso. Não há a menor astúcia da Razão. Não há nada constante, contrariamente do que Freud enunciou em algum lugar:

 

Que a voz da razão era baixa, mas que ela repete sempre a mesma coisa.

 

Ela só repete as coisas para andar em círculos. Para dizer as coisas claramente: a razão repete o sinthoma.

E o fato de que hoje eu tenha que me apresentar diante de vocês com o que se chama de sinthoma físico não impede que, com justa razão, vocês possam se perguntar se não é intencional, se por exemplo eu não abundava em uma tal besteira de comportamento que meu sintoma, por mais físico que ele seja, ainda seja algo que é por mim querido.

Não há nenhuma razão para se deter nesta extensão do sinthoma, pois é algo suspeito, quer queiramos ou não. Por que esse sinthoma não seria intencional? É um fato que a língua... eu escrevo isso: a.l.í.n.g.u.a ... que a alíngua se alonga para ser traduzida uma na outra, mas que o único saber permanece o saber das línguas, que o parentesco não se traduz com efeito, porém ele  só tem isso em comum: que os analisantes não falam senão disso. A tal ponto que o que chamarei nessa ocasião de um velho analista se fadigou disso.

Por que é que Freud não introduz algo que ele chamaria de, o Ele. Quando eu escrevi minha coisinha ali, para lhes tagarelar, eu fiz um lapso, mais de um: ao invés de escrever, como Eu... como eu não estou particularmente cuidadoso, trata-se do que se chama a debilidade mental …eu fiz um lapso, eu - no lugar de, como Eu – escrevi, como Isso.

Escrever - já que tudo isso se escreve, é isso mesmo que constitui o dizer - escrever que o analisante se desvencilha com Eu, é também Eu com Ele. Que o analista fale do Eu e do Isso, jamais do Ele, é no entanto muito impressionante. Ele, porém, é um termo que se imporia.

E se Freud desdenha do fato de anunciar isso que se imporia - é preciso dizer - é porque ele é egocêntrico, e até superegocêntrico! É disso que ele é doente. Ele tem todos os vícios do mestre: ele não compreende nada de nada. Porque o único mestre, deve-se dizer, é a consciência, e o que ele diz sobre o inconsciente não é mais que confusão e falação, quer dizer, retorno a essa mistura de desenhos grosseiros e metafísica que não vão um sem o outro.

Todo pintor é antes de tudo um metafísico, um metafísico na medida em que faz esboços, grosseiros. Ele é um rascunhador, daí os títulos que ele dá a seus quadros. mesmo a arte abstrata se titulariza como as outras... eu não quis dizer se intitula porque isso não quereria dizer nada ...mesmo a arte abstrata tem títulos, títulos que se esforçam para esvaziar o máximo que podem, mas ainda assim se titularizam.

Não fosse isso, Freud teria extraído as consequências do que ele mesmo diz, que o analisante não conhece sua verdade, porque não pode dizê-la. O que eu defini como não cessando de se escrever, à saber, o sinthoma, é aí um obstáculo. Eu volto a isso.O que o analisante diz esperando que se verifique não é a verdade, é a varidade do sinthoma.

Devemos aceitar as condições do mental, das quais, na primeira fileira, está a debilidade, o que quer dizer a impossibilidade de sustentar um discurso contra o qual não há objeção, mental, precisamente. O mental é o discurso. Fazemos o melhor que podemos para arranjar isso dizendo que o discurso deixa traços.

Esta é a história do Entwurf, do projeto de Freud, mas a memória é incerta. O que sabemos é que existem lesões do corpo que nós causamos, no chamado corpo vivente, que suspendem a memória ou pelo menos não nos permitem contar os traços que lhe atribuímos quando se trata da memória do discurso.

Essas objeções à prática da psicanálise precisam ser levantadas. Freud era um débil mental, como todo mundo...como , na ocasião, eu mesmo, em particular…de outra, era também: neurótico. Um obcecado pela sexualidade, como se diz.

Não vemos por que a obsessão pela sexualidade não seria tão válida quanto qualquer outra, pois para a espécie humana a sexualidade é justamente obsedante. Com efeito ela é anormal no sentido que eu defini: Não existe relação sexual. Freud - quer dizer, um caso - teve o mérito de perceber que a neurose não era estruturalmente obsessiva, que ela era, no fundo, histérica, quer dizer, ligada ao fato de que não existe relação sexual, que isso causa desgosto a algumas pessoas que, no mínimo, é um signo, um signo positivo, de que isso as faz vomitar.

A relação sexual deve ser reconstituída por um discurso, quer dizer, por algo que tenha toda uma outra finalidade. Para que serve o discurso antes de tudo? Serve para ordenar, entendo por isso portar o mandamento, que me permito chamar de intenção do discurso, já que resta algo - de imperativo - em toda intenção.

Todo discurso tem um efeito sugestivo. Ele é hipnótico. A contaminação do discurso pelo sono mereceria ser posta em relevo, antes de ser valorizada pelo que se chama de experiência intencional, ou seja, ser tomada como um mandamento imposto aos fatos. Um discurso é sempre adormecedor, salvo quando não o compreendemos: então ele nos acorda.

Os animais de laboratório são lesados não é porque lhes fazemos mais ou menos mal, eles estão acordados, perfeitamente, porque não compreendem o que se quer deles, mesmo que seu suposto instinto seja estimulado. Quando vocês fazem os ratos se mexerem em uma pequena caixa, vocês estimulam seu instinto alimentar, como se exprime por aí, trata-se simplesmente da fome. Em suma, o despertar é o Real em seu aspecto de impossível. Que não se escreve senão à força ou pela força, a natureza, como qualquer noção que venha ao espírito, é uma noção excessivamente vaga.

Para dizer a verdade, a contra-natureza é mais clara que o natural. Os pré-socráticos, como são chamados, tinham uma inclinação para a contra-natureza. É por isso que eles merecem que se lhes atribua a cultura. Eles tinham que ser mesmo muito bons para forçar um pouco o discurso, o dizer imperativo que vimos que adormece.

A verdade acorda ou adormece? Depende do tom em que ela é dita. A poesia dita adormece. E aproveito para lhes mostrar a coisa que François Cheng cogitou, que na verdade se chama Cheng Tsi Chen. Ele anexou esse François, assim, história que lhe serve para que reabsorva a nossa cultura, o que não o impediu de se manter muito firme no que diz. E o que ele diz é A Escrita Poética Chinesa, que foi publicado pela Seuil e eu gostaria muito que vocês extraíssem dele as consequências, que vocês extraíssem dele as consequências, se vocês são psicanalistas, o que não é o caso de todo o mundo aqui.

Se você são psicanalistas, vocês verão que esses forçamentos são por onde um psicanalista pode fazer soar outra coisa, outra coisa que não o sentido...porque o sentido é o que ressoa com a ajuda do significante, mas o que ressoa não vai longe, é bem suave …o sentido, isso tampona, mas com a ajuda do que se chama de escrita poética vocês podem ter a dimensão do que poderia ser a interpretação analítica.

Certamente a escritura não é por onde a poesia, a ressonância do corpo, se exprime. Ainda assim, é bastante impressionante que os poetas chineses se exprimam pela escritura e que – para nós – seja preciso que tomemos a noção, na escritura chinesa, do que é a poesia, não que toda poesia...eu falo da nossa especialmente …que toda a poesia seja  tal como podemos imaginar pela escritura, pela escritura poética chinesa.

Mas talvez vocês sintam algo lá, algo que seja outra coisa e que faz com que os poetas chineses sejam incapazes de fazer qualquer outra coisa além de escrever. Existe  algo que dá a sensação de que eles não estão reduzidos a isso, é que eles cantarolam, é que eles modulam, é que aí que está o que François Cheng enunciou na minha frente, à saber: um contraponto tônico, uma modulação, que faz com que isso se cante, porque da tonalidade à modulação, há um deslizamento.

Para que vocês possam eventualmente se inspirar em algo que é da ordem da poesia, para intervir, é bem o que eu aconselharia, é bem a isso que vocês devem se voltar, porque a linguística é mesmo assim uma ciência que eu diria que é muito mal orientada. Se a linguística se eleva, é na medida em que um Roman Jakobson aborda francamente as questões da poética.

A metáfora e a metonímia não têm alcance para a interpretação a não ser na medida em que são capazes de fazer função de outra coisa. E essa outra coisa da qual elas fazem função é a união, estreita, do som o do sentido.

É na medida em que a interpretação justa extingue um sintoma que a verdade se especifica em ser poética. Não é do lado da lógica articulada – embora de vez em quando eu deslize para ela – não é do lado da lógica articulada que devemos sentir o alcance de nosso dizer, não, é claro, que não haja alguma coisa que mereça duas vertentes. O que sempre enunciamos – porque é a lei do discurso – o que sempre enunciamos como sistema de oposição, é isso mesmo que teríamos que ultrapassar, e a primeira coisa seria extinguir a noção de Belo.

Não temos nada a dizer do belo. É de uma outra ressonância que se trata, a ser fundada sobre dito espirituoso. Um dito espirituoso não é belo, ele não se sustenta senão de um equívoco, ou - como diz Freud - de uma economia. Nada é mais ambíguo do que essa noção de economia. Mas mesmo assim, a economia funda o valor.

Uma prática sem valor: eis o que se trata de instituir para nós.

 

 


[1] Na verdade nem esse Needham a que se refere Lacan não se chama Robert e sim Rodney. Lacan corrigita isso, sem um mea culpa, na aula 12.



TEXTO EM FRANCÊS




L’insu que sait de l’une-bévue s’aile à mourre

Séminaire de 1976-1977

Jacques Lacan

 

Leçon 10

19 Avril 1977                                                                                                                               


J’ai un petit inconvénient aujourd’hui, j’ai mal au dos, de sorte que ça ne m’aide pas à tenir debout. Et quand je suis assis, j’ai aussi mal. Ça n’est certainement pas une raison, parce qu’on ne sait pas ce qui est inten­tionnel, pour qu’on élucubre ce qui est censé l’être.

Le moi, puisqu’on appelle ça comme ça… on appelle ça comme ça dans la seconde topique de Freud …le moi est supposé avoir des inten­tions, ceci du fait qu’on lui attribue ce qu’il jaspine, ce qu’on appelle son dire. Il dit - en effet - il dit, et il dit impérativement. C’est tout au moins comme ça qu’il commence à s’exprimer.

L’impératif, c’est ce que j’ai appuyé, disons du signifiant indice 2 : S2. Ce signifiant indice 2 dont j’ai défini le sujet, j’ai dit qu’un signifiant c’était ce qui représentait le sujet pour un autre signifiant. Dans le cas de l’im­pératif, c’est celui qui écoute qui, de ce fait vient S, devient sujet. Ça n’est pas que celui qui profère ne devienne pas lui aussi sujet, incidemment. Oui… 

Je voudrais attirer l’attention sur quelque chose : il n’y a en psychanalyse que des je voudrais. Je suis évidemment un psychanalyste qui a un peu trop de bouteille, mais c’est vrai que le psychanalyste, au point où j’en suis arrivé, dépend de la lecture qu’il fait de son analysant, de ce que son analysant lui dit en propres termes…

Est-ce que vous entendez, parce qu’après tout je ne suis pas sûr que ce porte-voix fonctionne? Est-ce que ça fonctionne là... dans les... Hein? Oui ? Bon ! 

…ce que son analysant croit lui dire, ceci veut dire que tout ce que l’analyste écoute ne peut être pris, comme on s’exprime, au pied de la lettre. 

Là il faut que je fasse une parenthèse, j’ai dit la tendance que cette lettre…dont ce pied indique l’ac­crochage au sol, ce qui est une métaphore, une métaphore piètre, ce qui va bien avec pied …la tendance que cette lettre a à rejoindre le Réel, c’est son affaire. Le Réel dans ma notation étant ce qui est impossible à rejoindre. 

Ce que son analysant, à l’analyste en question, croit lui dire, n’a rien à faire - et ça, Freud s’en est aperçu – n’a rien à faire avec la vérité. 

Néanmoins il faut bien penser que croire, c’est déjà quelque chose qui existe : il dit ce qu’il croit vrai. Ce que l’analyste sait, c’est qu’il ne parle qu’à côté du vrai, parce que le Vrai, il l’ignore. Freud - là - délire juste ce qu’il faut, car il s’imagine que le Vrai, c’est ce qu’il appelle - lui - le noyau traumatique. 

C’est comme ça qu’il s’exprime formellement, à savoir que, à mesure que le sujet énonce quelque chose de plus près de son noyau traumatique - ce soi-disant noyau, et qui n’a pas d’existence, il n’y a que la roulure, que l’analysant est tout comme son analyste, c’est-à-dire… comme je l’ai fait remarquer en invoquant mon petit-fils …l’apprentissage qu’il a subi d’une langue entre autres, qui est pour lui lalangue… que j’écris - on le sait - en un seul mot …dans l’espoir de ferrer - elle - la langue, ce qui équivoque avec faire-réel.

Lalangue quelle qu’elle soit est une obscénité. Ce que Freud désigne de - pardonnez-moi ici l’équivoque - l’obre-scène, c’est aussi bien ce qu’il appelle l’autre scène, celle que le langage occupe de ce qu’on appelle sa structure, structure élémentaire qui se résume à celle de la parenté.

Je vous signale que, il y a des sociologues qui ont énoncé sous le patronage d’un nommé Robert Needham…qui n’est pas le Needham qui s’est occupé avec tellement de soin de la science chinoise, qui est un autre Needham : le Needham de la science chinoise ne s’appelle pas Robert …lui, le Needham en question, s’imagine faire mieux que les autres en faisant la remarque - d’ailleurs juste – que la parenté est à mettre en question, c’est-à-dire qu’elle comporte dans les faits autre chose, une plus grande variété, une plus grande diversité que ce que… il faut bien le dire, c’est à ça qu’il se réfère …que ce que les analysants en disent. 

Mais ce qui est tout à fait frappant, c’est que les analysants - eux - ne parlent que de ça, de sorte que la remarque, incontestablement, que la parenté a des valeurs différentes dans les différentes cultures, n’empêche pas que le ressassage par les analysants de leur relation à leurs parents - d’ailleurs, il faut le dire, proches - est un fait que l’analyste a à supporter.

Il n’y a aucun exemple qu’un analysant note la spécificité, la particularité qui différencie - d’autres analysants - son rapport à ses parents plus ou moins immédiats. Le fait qu’il ne parle que de ça, est en quelque sorte quelque chose qui bouche toutes les nuances de sa relation spécifique, de sorte que La parenté en Question - c’est un livre paru au Seuil - que La parenté en Question met en valeur ce fait primordial que c’est de lalangue qu’il s’agit. 

Ça n’a pas du tout les mêmes conséquences que l’analysant ne parle que de ça parce que ses proches parents lui ont appris lalangue, il ne différencie pas ce qui spécifie sa relation à lui, avec ses proches parents. 

Il faudrait là s’apercevoir que ce que j’appellerai dans cette occa­sion la fonction de vérité, est en quelque sorte amortie par quelque chose de prévalant, et il faudrait dire que la culture est là tamponnée, amortie, et que, à cette occasion, on ferait mieux peut-être d’évoquer la métaphore - puisque culture est aussi une métaphore - la métaphore de l’agri du même nom. Il faudrait substituer à l’agri en question les termes de « bouillon de culture », ça serait mieux d’appeler culture un bouillon de langage.

Associer librement, qu’est-ce que ça veut dire?… Je m’efforce là de pousser les choses un petit peu plus loin. Qu’est-ce que veut dire asso­cier librement ? Est-ce que c’est une garantie… ça semble quand même être une garantie …que le sujet qui énonce va dire des choses qui aient un peu plus de valeur? Mais enfin chacun sait que la ratiocination…ce qu’on appelle comme ça en psychanalyse …la ratiocination a plus de poids que le raisonnement. 

Qu’est-ce qu’a affaire ce qu’on appelle des énon­cés, avec une proposition vraie ? Il faudrait tâcher, comme l’énonce Freud, de voir sur quoi est fondé ce quelque chose…qui ne fonctionne qu’à l’usure…dont est supposée la Vérité. Il faudrait voir, s’ouvrir à la dimension de la vérité comme variable, c’est-à-dire de ce que… en condensant comme ça les deux mots …j’appellerais la varité, avec un petit é avalé, la variété.

Par exemple, je vais donner quelque chose qui a bien son prix : si un sujet analysant glisse dans son discours un néologisme…comme je viens d’en faire par exemple à propos de la varité …qu’est-ce qu’on peut dire de ce néologisme ? 

Il y a quand même quelque chose qu’on peut en dire, c’est que le néologisme apparaît quand ça s’écrit. Et c’est justement bien en quoi ça ne veut pas dire, comme ça, automatiquement, que ce soit le Réel. C’est pas parce que ça s’écrit, que ça donne poids à ce que j’évo­quais tout à l’heure à propos de l’au pied de la lettre.

Bref, il faut quand même soulever la question de savoir si la psycha­nalyse… je vous demande pardon, je demande pardon au moins aux psychanalystes …ça n’est pas ce qu’on peut appeler un autisme à deux? 

Il y a quand même une chose qui permet de forcer cet autisme, c’est jus­tement que lalangue est une affaire commune et que…c’est justement là où je suis, c’est-à-dire capable de me faire entendre de tout le monde ici …c’est là ce qui est le garant - c’est bien pour ça que j’ai mis à l’ordre du jour Transmission de la psychanalyse - c’est bien ce qui est le garant que la psychanalyse ne boîte pas irréductiblement de ce que j’ai appelé tout à l’heure autisme à deux.

On parle de « la ruse de la Raison », c’est une idée philosophique. C’est Hegel qui a inventé ça. Il n’y a pas la moindre ruse de la Raison. Il n’y a rien de constant, contrairement à ce que Freud a énoncé quelque part:

 

Que la voix de la raison était basse, mais qu’elle répète toujours la même chose. 

 

Elle ne répète des choses qu’à tourner en rond. Pour dire les choses : la raison répète le sinthome. 

Et le fait qu’aujourd’hui j’aie à me présenter devant vous avec ce qu’on appelle un sinthome physique, n’empêche pas qu’à juste titre vous pouvez vous demander si ça n’est pas intentionnel, si par exemple je n’ai pas abondé dans une telle connerie de comportement que mon symptôme, tout physique qu’il soit, soit quand même quelque chose qui soit par moi voulu. 

Il n’y a aucune raison de s’ar­rêter dans cette extension du sinthome, puisque c’est quelque chose de suspect, qu’on le veuille ou non. Pourquoi ce sinthome ne serait-il pas intentionnel ? Il est un fait que l’élangue … j’écris ça : é.l.a.n.g.u.e …que l’élangue s’élongent à se traduire l’une dans l’autre, mais que le seul savoir reste le savoir d’élangues, que la parenté ne se traduit pas en fait, mais elle n’a de commun que ceci : que les analysants ne parlent que de ça. C’est même au point que ce que j’ap­pelle dans l’occasion un vieil analyste en est fatigué.

Pourquoi est-ce que Freud n’introduit pas quelque chose qu’il appel­lerait le lui. Quand j’ai écrit mon petit machin là, pour vous jaspiner, j’ai fait un lapsus, un de plus : au lieu d’écrire comme moi… ce comme moi n’était pas spécialement bienveillant, il s’agissait de ce que j’appelle­rais la débilité mentale …j’ai fait un lapsus, j’ai - à la place de comme moi - écrit comme ça. 

Écrire - puisque tout ça s’écrit, c’est même là ce qui constitue le dire - écrire que l’analysant se débrouille avec moi, c’est aussi bien moi avec lui. Que l’analyse ne parle que du moi et du ça, jamais du lui, c’est quand même très frappant. Lui pourtant, est un terme qui s’imposerait. 

Et si Freud dédaigne d’en faire état, c’est bien - il faut le dire - qu’il est égocentrique, et même super-égocentrique ! C’est de ça qu’il est malade. Il a tous les vices du maître : il ne comprend rien à rien. Car le seul maître, il faut bien le dire, c’est la conscience, et ce qu’il dit de l’inconscient n’est qu’embrouille et bafouillage, c’est-à-dire retourne à ce mélange de dessins grossiers et de métaphysique qui ne vont pas l’un sans l’autre.

Sans cela, Freud eût tiré les conséquences de ce qu’il dit lui-même que l’analysant ne connaît pas sa vérité, puisqu’il ne peut la dire. Ce que j’ai défini comme ne cessant pas de s’écrire, à savoir le sinthome, y est un obstacle. J’y reviens. Ce que l’analysant dit en attendant de se vérifier, ce n’est pas la vérité, c’est la varité du sinthome. 

Il faut accepter les condi­tions du mental aux premiers rangs desquelles est la débilité, ce qui veut dire l’impossibilité de tenir un discours contre quoi il n’y a pas d’objec­tion, mentale, précisément.Le mental, c’est le discours. On fait de son mieux pour arranger que le discours laisse des traces. 

C’est l’histoire de l’Entwurf, du projet de Freud, mais la mémoire est incertaine. Ce que nous savons, c’est qu’il y a des lésions du corps que nous causons, du corps dit vivant, qui sus­pendent la mémoire ou tout au moins ne permettent pas de compter sur les traces qu’on lui attribue quand il s’agit de la mémoire du discours.

Il faut soulever ces objections à la pratique de la psychanalyse. Freud était un débile mental, comme tout le monde…et comme moi-même à l’occasion, en particulier …en outre : névrosé. Un obsédé de la sexualité comme on l’a dit. 

On ne voit pas pourquoi ne serait pas aussi valable l’obsession de la sexualité   qu’une autre, puisque pour l’espèce humaine la sexualité est obsédante à juste titre. Elle est en effet anormale au sens que j’ai défini : Il n’y a pas de rapport sexuel. Freud - c’est-à-dire un cas - a eu le mérite de s’apercevoir que la névrose n’était pas structurellement obsessionnelle, qu’elle était hystérique dans son fond, c’est-à-dire liée au fait qu’il n’y a pas de rapport sexuel, qu’il y a des personnes que ça dégoûte, ce qui quand même est un signe, un signe positif, que ça les fait vomir.

Le rapport sexuel, il faut le reconstituer par un discours, c’est-à-dire quelque chose qui a une toute autre finalité. Ce à quoi le discours sert d’abord? Il sert à ordonner, j’entends à porter le commandement que je me permets d’appeler intention du discours, puisque il en reste - de l’im­pératif - dans toute intention. 

Tout discours a un effet de suggestion. Il est hypnotique. La contamination du discours par le sommeil vaudrait d’être mise en relief, avant d’être mise en valeur par ce qu’on appelle l’expé­rience intentionnelle, soit prise comme un commandement imposé aux faits. Un discours est toujours endormant, sauf quand on ne le comprend pas : alors, il réveille.

Les animaux de laboratoire sont lésés non pas parce qu’on leur fait plus ou moins mal, ils sont réveillés, parfaitement, parce qu’ils ne com­prennent pas ce qu’on leur veut, même si on stimule leur prétendu ins­tinct. Quand vous faites bouger des rats dans une petite boîte, vous sti­mulez son instinct alimentaire, comme on s’exprime, c’est de la faim tout simplement qu’il s’agit donc. Bref, le réveil, c’est le Réel sous son aspect de l’impossible. Qu’il ne s’écrive qu’à force ou par force, la nature, comme toute notion qui nous vient à l’esprit, est une notion excessivement vague.

À vrai dire la contre-nature est plus claire que le naturel. Les pré-socratiques, comme on appelle ça, avaient un penchant au contre-nature. C’est tout ce qui mérite qu’on leur attribue la culture. Il fallait qu’ils soient doués pour forcer un peu le discours, le dire impératif dont nous avons vu qu’il endort.

La vérité réveille-t-elle ou endort-elle? Ça dépend du ton dont elle est dite. La poésie dite endort. Et j’en profite pour montrer le truc qu’a cogité François Cheng qui s’appelle en vérité Cheng Tsi Chen. Il a mis François comme ça, histoire de se résorber dans notre culture, ce qui ne l’a pas empêché de maintenir très ferme ce qu’il dit. Et ce qu’il dit, c’est L’écriture poétique chinoise, c’est paru au Seuil et j’aimerais bien que vous en preniez de la graine, que vous en preniez de la graine, si vous êtes psychanalyste, ce qui n’est pas le cas de tout le monde ici.

Si vous êtes psychanalyste, vous verrez que ces forçages par où un psychanalyste peut faire sonner autre chose, autre chose que le sens…car le sens c’est ce qui résonne à l’aide du signifiant, mais ce qui résonne ça va pas loin, c’est plutôt mou …le sens ça tamponne, mais à l’aide de ce qu’on appelle l’écriture poétique vous pouvez avoir la dimension de ce que pourrait être l’interprétation analytique.

C’est tout à fait certain que l’écriture n’est pas ce par quoi la poésie, la résonance du corps s’exprime. Il est quand même tout à fait frappant que les poètes chinois s’expriment par l’ écriture et que - pour nous - ce qu’il faut, c’est que nous prenions la notion, dans l’écriture chinoise, de ce que c’est que la poésie, non pas que toute poésie… je parle de la nôtre spécialement …que toute poésie soit telle que nous puissions l’imaginer par l’écriture, par l’écriture poétique chinoise. 

Mais peut-être, y sentirez-vous quelque chose, quelque chose qui soit autre que ce qui fait que les poètes chinois ne peuvent pas faire autrement que d’écrire. Il y a quelque chose qui donne le sentiment qu’ils n’en sont pas réduits là, c’est qu’ils chantonnent, c’est qu’ils modulent, c’est qu’il y a ce que François Cheng a énoncé devant moi, à savoir : un contre-point tonique, une modulation, qui fait que ça se chante, car de la tonalité à la modula­tion, il y a un glissement. 

Que vous soyez inspirés éventuellement par quelque chose de l’ordre de la poésie pour intervenir, c’est bien en quoi je dirai, c’est bien vers quoi il faut vous tourner, parce que la linguistique est quand même une science que je dirais très mal orientée. Si la linguis­tique se soulève, c’est dans la mesure où un Roman Jakobson aborde franchement les questions de poétique. 

La métaphore, et la métonymie, n’ont de portée pour l’interprétation qu’en tant qu’elles sont capables de faire fonction d’autre chose. Et cette autre chose dont elles font fonc­tion, c’est bien ce par quoi s’unissent, étroitement, le son et le sens.

C’est pour autant que l’interprétation juste éteint un symptôme, que la vérité se spécifie d’être poétique. Ce n’est pas du côté de la logique articulée - quoique à l’occasion j’y glisse - ce n’est pas du côté de la logique articulée qu’il faut sentir la portée de notre dire, non pas bien sûr qu’il y ait quelque part quelque chose qui mérite de faire deux versants. Ce que toujours nous énonçons - parce que c’est la loi du discours - ce que toujours nous énonçons comme système d’opposition, c’est cela même qu’il nous faudrait surmonter, et la première chose serait d’éteindre la notion de Beau.

Nous n’avons rien à dire de beau. C’est d’une autre résonance qu’il s’agit, à fonder sur le mot d’esprit. Un mot d’esprit n’est pas beau, il ne se tient que d’une équivoque, ou - comme le dit Freud – d’une économie. Rien de plus ambigu que cette notion d’économie. Mais tout de même, l’économie fonde la valeur. 

Une pratique sans valeur : voilà ce qu’il s’agi­rait pour nous d’instituer.

 

 

 

 

A aula 10 desse seminário pode ser ouvida, em francês, à partir do seguinte link:

http://www.valas.fr/IMG/mp3/10_insu19-04-77.mp3

 




A CLÍNICA HOJE: OS NOVOS SINTOMAS

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