Dicas infalíveis para descascar ovo
cozido facilmente
Após cozinhar os ovos, leve a panela
para debaixo da torneira e deixe cair água por cerca de 1 minuto. Depois disso,
adicione gelo à panela e espere cerca de 15 minutos. Em seguida, bata o ovo gentilmente
em uma superfície dura e role para frente, dando uma leve pressionada. Puxe a
pele com facilidade. Veja como:
A Sociedade de
Educação Nossa Senhora Auxiliadora Ltda., mantenedora do Centro Universitário
FACVEST, na Cidade de Lages, no Estado de Santa Catarina, vem oferecendo a comunidade
desde junho de 2001, vinte e oito cursos de graduação, entre eles o bacharelado
em Engenharia Civil. As instituições de ensino superior dependem de autorização
do Ministério da Educação para implantação de cursos de graduação, a exceção
são as universidades e centros universitários que, por terem autonomia,
independem de autorização para funcionamento de curso superior. No entanto,
essas instituições devem informar à secretaria competente os cursos abertos
para fins de supervisão, avaliação e posterior reconhecimento, conforme
disposto no art. 28 do Decreto nº 5.773/2006.
Quando somos
criança nossos pais vivem perguntando o que vamos querer ser quando crescermos
e aí, vem um turbilhão de profissões: psicólogo, médico, bombeiro, secretário,
professor, jornalista, comandante, dentista, político. Ufa! E o mais chistoso é
que, na medida em que vamos crescendo, voltamos aos nossos pais e dizemos: “agora
mudei de idéia, quero ser engenheiro porque ganha muito dinheiro”. Entretanto,
a pergunta mais importante a ser feita seria, que resultados eu desejo alcançar
quando chegar ao ápice de minha vida profissional. A instituição, os
professores e a ementa do curso de graduação que escolhi contemplam as
múltiplas habilidades, os conhecimentos generalistas e atuais mínimos
necessários para minha formação profissional?
As primeiras
cidades surgiram há cerca de 9.000 anos antes de Cristo na região entre a
África e a Ásia, conhecida pelo nome de Crescente Fértil. No entanto, o engenheiro
só recebe esse nome na Idade Média, quando os construtores dos aríetes, das
catapultas e de outros “engenhos” bélicos foram denominados ingeniators, pelos autores latinos.
Nos últimos meses,
estranhos sons assombram a Abadia de Westminster. Com certeza é Smeaton a se
revirar em sua tumba. Mundialmente reconhecido como o patrono da engenharia
civil, John Smeaton foi inventor, astrônomo e importante escritor. Foi também o
responsável pelo projeto de varias pontes, canais, portos e faróis. Engenheiro
mecânico competente e um eminente físico entrou para a história como o primeiro
engenheiro a se autodenominar engenheiro
civil, em oposição à engenharia militar da época. Por essa ocasião, a
engenharia já contava milhares de anos de idade.
Porém, dentro do
contexto de que a engenharia civil confunde-se com o desenvolvimento da
humanidade, através de um processo contínuo, marchando ao sabor da cultura, da
conjunção histórica e social, onde a missão do engenheiro é de fundamental
importância no dia-a-dia da sociedade para concretização sonhos essenciais ao
convívio humano e a sustentabilidade global, entendo que estamos em débito com
a sociedade no que tange a busca de soluções nos setores cujas atribuições nos
foram confiadas. O exame da atual situação demonstra que pouca coisa foi feita,
mudou, ou ainda, muita coisa piorou. As frequentes discussões entre os
profissionais incumbidos das soluções na área da engenharia e arquitetura
acabam por desfoca-los do objetivo principal. Arquitetos falam que engenheiros
são retrógrados, sem gosto e querem edificar não prédios, mas caixotões. Estes
rebatem dizendo que as "viagens" arquitetônicas são quase sempre
caras, loucas e inúteis e que os profissionais da área não passam de
decoradores graduados. A crítica mútua é um esporte praticado pelas duas
categorias, com nuances exclusivas para cada profissão. Quando querem carregar
nas tintas, os engenheiros questionam a sexualidade dos arquitetos, por causa
de seus "dons artísticos". Já estes veem o pendor pela exatidão da
outra categoria como sinal explícito de burrice. Em 1980, a lateral de uma viga do entrepiso
que separa os prédios de engenharia e arquitetura na Universidade Federal de
Santa Catarina foi pichada com a seguinte frase: “Construa certo, contrate um
arquiteto”. A resposta foi imediata, estudantes de engenharia picharam na face
oposta: “Economize dinheiro, contrate um engenheiro”. E a vida segue, com os
mesmos métodos retrôs, materiais de baixa qualidade e sem tecnologia, obras
caras, pesadas, morosas, artesanais, cada vez mais engastadas, e que acabam por
não satisfazerem seus usuários.
A população cresceu
e cresce, e com ela cresce a fome de parcelas enormes da sociedade civil,
clamando com sua voz enrouquecida por melhores cidades, moradias dignas e
equipamentos urbanos funcionais. A falta de bons profissionais em todos os
setores é um problema material, teórico, conceitual, emblemático, metodológico
e existencial de estatura colossal. O próprio Pantagruel submetido ao processo inverso. E o que nele desassossega
é a infinita capacidade de regurgitar, fazer sobrar, fatigar-se sem, contudo,
interessar-se efetivamente por prover o que falta, onde falta, quando falta,
para quem falta e por que falta. Toda via, mesmo com um problema dessa
dimensão, não existem por enquanto, ações para atender as necessidades básicas
da sociedade. É preciso que a universidade, os professores e os alunos dos
cursos de graduação estejam preocupados e preparados para desenvolver a
capacidade de analisar os problemas decorrentes à profissão de maneira simples
e lógica e de aplicar a sua melhor solução rápida e eficaz. É preciso fundamentar,
incentivar e investir em pesquisas para o desenvolvimento de materiais
alternativos de fácil aplicação, baixo custo, e melhor desempenho. É preciso
também que haja urgentemente uma política série que encare o problema de frente
com recursos financeiros pesados e determinados a resolver tal situação ao
invés de fazer demagogia barata de bons pensamentos do que deve ser feito. Se
os temas apresentados não forem trazidos para a universidade e colocados em
prática, não valem de nada, se ficarmos ouvindo balela, estaremos condenados a
viver o que Paul Auster, desenha no livro In
the country of last things. Um cenário feito só de sobras, de resíduos da
civilização e no qual a sobrevivência é absoluta, já que a vida, ela própria,
ficou limitada ao que sobrou de si mesma, pura sobrevida em meio aos escombros
políticos e à devastação social.
Quando paro para
pensar engenharia, preparar uma aula ou ainda, corrigir uma avaliação surge uma
porção de “grilos” em minha cabeça. A começar pela forma de que a coisa vem
sendo feita no Brasil, chegando aos métodos de ensino e a estrutura de nossos
cursos na serra catarinense. Hoje não busco mais a fuga no esporte como fazia
no passado, passo meu tempo escrevendo para refletir sobre o acontecido.
De Quem é a Culpa?
Embalado pelo alto
e gritante som da canção, “Ébrio de Amor” da dupla Milionário e José Rico, que
chaga pelas ondas curtas das 690 KHz até o auto falante do velho rádio
Telefunken. Osni Vaz conhecido pela alcunha de “Osni carniça”, biscateiro da
empresa de mão-de-obra “Bob Buildings”, sem dinheiro para tomar o
ônibus, se apressa em terminar de fritar um “zoiudo” e completar seu “bandeco”.
Ele terá que pedalar sua “zica” por aproximadamente oito quilômetros até o
Jardim Residencial Cepar, no Bairro Ponte Grande zona leste de Lages, para
cortar as paredes internas de uma obra. O que “Carniça” não imagina é que seu
serviço será interrompido bem antes da conclusão da obra, porque Allyhana da
Silva, psicóloga de 24 anos, não tem dinheiro para comprar o material que falta
nem tão pouco regularizar a documentação da construção que será embargada pelos
fiscais da secretaria de planejamento da prefeitura municipal. Ela tomou um
empréstimo consignado de quinze mil reais na Caixa Econômica Federal, vendeu
seu automóvel Del Rei, já gastou vinte mil e ainda está longe de se mudar para
o novo lar, que na verdade é apenas a ampliação de mais um pavimento na casa de
seus pais. "É complicado calcular quanto vai custar à obra porque o preço
do material varia muito", explica Bob
o empreiteiro à proprietária à beira do desespero. Afinal, seu casamento foi
adiado porque os noivos não têm onde morar. Indiferente ao drama, “Carniça”
continua a metralhar as paredes para passagem das tubulações das instalações
elétricas e hidráulicas, sem imaginar que na caliça produzida pelo impacto da
marreta no ponteiro, está quase todos os elementos que compõem o problemático
desempenho da construção civil no Brasil. A primeira coisa que “Carniça” ignora
é que seu trabalho rende pouco. Ele chega cansado, pois além de pedalar, no dia
anterior saiu do serviço e antes de ir embora enroscou no “boteco do Popó”,
bebeu cachaça com bitter e jogou
sinuca até se embriagar. Passa nove horas por dia no serviço, empenha-se, mas a
sua produtividade é muito baixa. A culpa não é só da mão-de-obra, mas da falta
de padronização do material de construção, do projeto inadequado, e da falta de
planejamento e organização da grande maioria dos que atuam nestes setores.
Durante
o período do horário brasileiro de verão, nas regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste, o Governo Federal tentou reduzir a demanda de energia do País,
principalmente no horário de pico, que vai das 18h às 21h, quando a iluminação
pública é ativada e as famílias retornam para casa, tomam banho e ligam seus
aparelhos eletrônicos, como TV, ventiladores e micro-ondas. Segundo as informações divulgadas pelo
Ministério de Minas e Energia, o horário de verão gerou uma economia de energia
de, aproximadamente, 5% este ano.
Não
adianta promover ações e investir em campanhas milionárias de conscientização
da população ou destinar mais dinheiro às escolas se não há critérios claros
sobre como aplicá-lo nem controle efetivo sobre os desvios. Pouco ou nada vai
adiantar fazer crescer os recursos da educação sem programar as mudanças
necessárias no sistema ineficaz que temos hoje no Brasil. O que os alunos
precisão saber é quanto custa para produzir um watt de energia. É preciso que a
educação hoje tratada com superficialidade, sem um plano completo e consequente
para alcançar metas seja revista e urgentemente repensada.
“Enquanto alunos forem
considerados incapazes e os professores "sacerdotes" que devem fazer
milagres sem quase dotação nenhuma, a universidade marginal continuará à margem
do processo de desenvolvimento econômico e tecnológico. A Universidade para as
classes subalternas do interior continuam sem prescindir de uma ação forte do
estado. Não há milagre que faça triunfar um modelo de universidade carente para
os carentes. Então, me pergunto: Conseguiremos descascar um ovo?”
Autor: Caetano Palma
Neto
caetanopalma@bol.com.br
caetanopalma@bol.com.br
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
ENG.CIVIL - CREA 024315/8
FISCAL DE OBRAS DA SEPLAN
CONSELHEIRO COMUPDEC
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