segunda-feira, novembro 12, 2018

Psicanálise e Literatura: A morte de Ivan Ilicht






reunião: 26/11/2018
local: Departamento de Filosofia - UFSC
          CFH - segundo andar
horário: 15H00


Em 4 de fevereiro de 1882, no Tribunal de Justiça de uma pequena cidade Russa, os colegas de  Ivan Ilicht tomam ciência de sua morte na leitura do obituário do jornal local.

Ao invés da tristeza e do luto, os colegas iniciam uma longa discussão sobre as transferências e promoções de cargos, visto que uma das vagas de Juiz do Tribunal acabara de vagar com a morte do colega.

Assim, sem sutilezas, Tolstói vai desvelando o mundo mesquinho do funcionalismo público da Russia do século XIX. Que, provavelmente, não está tão distante da vivência diária de qualquer repartição pública da atualidade.  

Antes de ser apanhado pela doença fatal, Ivan Ilicht viveu uma vida metódica, respeitosa e, porque não dizer,  medíocre. Cresceu sabendo que seu destino seria ser funcionário público, subindo com dificuldade cada degrau da carreira, em busca de salários melhores. 

Um homem comum, um homem de bem que acreditava viver uma vida digna, visto que respeitava as leis e atendia aos padrões sociais de sua classe. Um  sujeito sem desejos, formado pelas ideias e demandas dos outros, que vai enfrentar a doença terminal “sozinho, sem uma alma que o entendesse e dele tivesse compaixão”.

Esta é mais uma novela de Tolstói que trazemos para o debate do Grupo de Leitura, no mês de Novembro.

Sejam todos bem vindos!

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