quarta-feira, julho 01, 2015

Ensaios sobre EDUCAÇÃO

O que o professor espera do aluno e, 
o que o aluno espera do professor?


Durante minha experiência como educadora no Ensino Fundamental participei de vários congressos seminários e pós- graduação. E, uma coisa é certa: alunos são sempre alunos em qualquer idade. Atualmente faço algumas palestras em diversos cursos do Ensino superior e observo que professores e alunos continuam os mesmos. Em 1994 com a nova LDB Lei de Diretrizes e Bases, fizemos um grupo de estudos e decidimos seguir a lei, começando pelo uso das novas nomenclaturas: professor era educador e alunos receberiam a denominação de estudantes ou educandos. Engraçado duas décadas depois este grupo não existe mais e estas nomenclaturas são pouco usadas e quem usa é visto como se falasse errado.

Falar de educação, psicologia, desenvolvimento, aprendizagem é uma volta no tempo, um desafio dos velhos e dos novos tempos. Este texto é uma reflexão sobre educação, psicologia e aprendizado. É uma memória que se reascende como Fênix trazendo lembranças, superando conflitos e observando comportamentos. Penso que educação é um desafio continuo de planejar, preparar, monitorar, avaliar, controlar o tempo e o conteúdo, tarefas complexas que só o professor, o educador consegue fazer. Um eterno aprender, aperfeiçoar-se, pesquisar e aprender a ser, fazer, conviver e conhecer.

Quando estamos em sala de aula, atuando como professores queremos, que os alunos tenham uma postura. Que eles sejam interessados busque leituras sobre o conteúdo, faça as lições, preste atenção na aula, não use os celulares em aula, e, não saia da sala no meio de uma explicação ou faça perguntas fora do contexto. Porém quando estamos na condição de alunos agimos da mesma forma que nossos alunos, ou seja, a turma do fundão, os mais interessados, aqueles que só estão de corpo presente e assim poderíamos encher muitas linhas sobre cada aluno em sala de aula.   

Queremos muito e fazemos pouco. Não será a aula show ou, o professor sabe tudo que fará a diferença no futuro profissional, mas cada indivíduo é responsável pelo que quer aprender. O aluno espera ter um exemplo a seguir, uma inspiração para fazer do seu aprendizado algo inesquecível e significativo, um motivo para sentir-se pronto para aprender e ser o melhor seduzido pelo saber e o conhecimento. O conhecimento é o poder, seu diferencial.  O professor quer alunos com sede de saber, capaz de revelar mistérios ainda escondidos na aprendizagem e criar conceitos que revolucionem o desenvolvimento de cada um.

A psicologia, a psicanálise é um caminho para conhecermos a nós mesmos e o outro. Porque os pensadores em educação estudaram estes caminhos e encontraram teorias que iluminaram os métodos, compreenderam que o comportamento é um reflexo do meio em que se está inserido e que nossas diferenças são normais ou patologias que a sociedade irá rotular com suas regras. Vivemos um ciclo vicioso e aqueles que se permitem sair do circulo são os vitoriosos no desenvolvimento e na aprendizagem são estes mestres, os cientistas, os pesquisadores que fazem o mundo girar e que também foram alunos e deixaram suas experiências para serem aplicadas pelos professores.

Há algum tempo cito esta frase: “Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas.” de Albert Einstein. Acredito que o professor representa o saber e pode influenciar positivamente ou negativamente seus alunos. No entanto o educador pode proporcionar ao educando uma reflexão da prática educativa com a subjetividade e as relações interpessoais entre os dois. Num desejo mútuo de perguntas e resposta.

Autora: Prof. EDITE MORAES SANTANA
edymor451@gmail.com.br



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